Sobre
cirurgia
PROCEDIMENTO E ORIENTAÇÕES
Implante coclear
Procedimento cirúrgico
A cirurgia para inserção da parte interna do implante coclear leva, em média, duas horas sendo feita com anestesia geral, com o paciente totalmente inconsciente durante o procedimento.
Etapas da cirurgia
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Incisão (corte): A cirurgia é totalmente realizada pela parte atrás da orelha, através de um pequeno corte.
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Colocação dos eletrodos: Os eletrodos são inseridos na cóclea através de uma pequena abertura e preenchem toda a estrutura em caracol desse órgão do ouvido interno.
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Fixação do processador interno: o processador interno é colocado embaixo do couro cabeludo atrás da orelha. Nesta região, onde será acoplado o imã da antena externa, quando o implante coclear for ativado, fica com um pequeno relevo, que ajuda inclusive a identificar onde está a parte interna para encaixar o processador.
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No final da cirurgia fecha-se a pele com pontos e um curativo compressivo é colocado no local.
Possíveis riscos cirúrgicos
A cirurgia de implante coclear, como todo procedimento cirúrgico com anestesia geral, possui riscos. Mas, graças ao momento avançado da medicina atual, esses riscos são bem pequenos quando a cirurgia é realizada em um bom hospital.
Além dos riscos anestésicos, ainda que pouco frequentes, há riscos específicos da cirurgia de implante coclear, abaixo listados por ordem de frequência:
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Insucesso na colocação do implante coclear: pode ocorrer se houver alterações anatômicas no ouvido do paciente, seja por um defeito congênito (de nascença) ou por sequelas de infecção, ou fraturas.
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Infecção e necrose da pele: ocorre devido ao fato de se colocar uma prótese sob a pele. Caso ocorra, é um risco tratável quando diagnosticado precocemente.
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Tontura: Como o ouvido interno é composto de um único órgão dividido entre a cóclea e o aparato vestibular (responsável pelo equilíbrio) a cirurgia nessa região pode acarretar tontura em alguns pacientes. Porém, é uma complicação transitória que costuma se reverter em questão de poucas semanas.
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Paralisia facial: é a complicação mais temida. Pode ocorrer porque o nervo que faz a mímica da face passa muito próximo do local da cirurgia. Para evitar esta complicação é utilizado um aparelho chamado monitor de nervo facial que diminui o risco desta complicação. Esta complicação apesar de possível é muito rara e geralmente melhora após algumas semanas de tratamento.
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Meningite e fístula liquórica: foram complicações que ocorreram no início dos implantes cocleares. Hoje em dia são complicações extremamente raras.
Rotina pós-operatória
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Geralmente o paciente recebe alta no dia seguinte da cirurgia.
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O paciente sai do hospital com um curativo em forma de turbante, com o qual permanece por cerca de 72h. Os pontos serão retirados em 2 semanas.
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A ativação do implante coclear ocorre, geralmente, por volta de 30 dias após a cirurgia.
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Após a ativação, o usuário de implante coclear terá programações periódicas para ajuste do som, enquanto se adapta a ouvir através do implante coclear. A periodicidade das programações varia conforme o caso e as necessidades do paciente.
Cuidados pós-cirúrgicos
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Enquanto estiver com o curativo turbante (por 72h), o paciente não poderá lavar os cabelos.
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Após a retirada do curativo, a lavagem dos cabelos está liberada. Porém, é aconselhável usar tampão para evitar a entrada de água no ouvido operado.
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O paciente deve evitar dormir do lado operado por até duas semanas.
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Exercícios e atividades que exigem esforço físico não são recomendadas por 30 dias.
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Os remédios prescritos pós operatórios são fundamentais e devem ser tomados à risca.
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O paciente deve retornar ao consultório médico para consulta pós-operatória.
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Caso o paciente use prótese ou implante auditivo no ouvido não operado, pode ser recolocada logo após a cirurgia.
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Não há nenhuma restrição alimentar em decorrência da cirurgia de implante coclear.