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Sobre

cirurgia

PROCEDIMENTO E ORIENTAÇÕES

Amigdalite

O que é Amigdalite?

 

A amigdalite é a inflamação das amígdalas, que são massas de tecido linfático localizadas na parte posterior da garganta. As amígdalas desempenham um papel importante na defesa do corpo contra infecções, mas podem ficar inflamadas e infectadas, levando a uma condição dolorosa e desconfortável.

Quais são os Tipos de Amigdalite?

Existem vários tipos de amigdalite, incluindo:

  1. Amigdalite Aguda: Geralmente causada por infecções virais ou bacterianas, com sintomas que duram de alguns dias a duas semanas.

  2. Amigdalite Recorrente: Episódios repetidos de amigdalite aguda.

  3. Amigdalite Crônica: Inflamação persistente das amígdalas, com sintomas que podem durar mais de duas semanas e ocorrer várias vezes ao ano.

Quais são os Sintomas da Amigdalite?

Os sintomas da amigdalite podem variar de leves a graves e incluem:

  • Dor de Garganta: Geralmente intensa, dificultando a deglutição.

  • Inchaço das Amígdalas: Que podem estar vermelhas e com pus.

  • Febre: Muitas vezes alta, especialmente em infecções bacterianas.

  • Dificuldade para Engolir: E sensação de garganta apertada.

  • Dor de Cabeça: E dor no corpo.

  • Mau Hálito: Devido à presença de infecção.

  • Rouquidão: Ou perda temporária da voz.

  • Inchaço dos Gânglios Linfáticos: No pescoço.

Como é Diagnostica a Amigdalite?

O diagnóstico da amigdalite envolve uma avaliação clínica detalhada, incluindo:

  1. História Clínica: Para entender os sintomas, a duração e possíveis causas.

  2. Exame Físico: O médico examina a garganta, as amígdalas e os gânglios linfáticos.

  3. Teste de Cultura de Garganta: Para identificar a presença de bactérias, como o Streptococcus.

  4. Teste de Sangue: Em alguns casos, para verificar infecções virais, como a mononucleose.

Quais são as Opções de Tratamento para a Amigdalite?

O tratamento da amigdalite depende da causa e da gravidade dos sintomas, incluindo:

  • Medicação: Antibióticos para infecções bacterianas, analgésicos e antipiréticos para aliviar a dor e a febre.

  • Repouso e Hidratação: Importante para ajudar o corpo a combater a infecção.

  • Gargarejos com Água Salgada: Para aliviar a dor de garganta.

  • Cirurgia (Tonsilectomia): Indicada para casos de amigdalite crônica ou recorrente que não respondem a outros tratamentos.

Quem Pode se Beneficiar Deste Tratamento?

Qualquer pessoa que experimente sintomas de amigdalite pode se beneficiar de uma avaliação e tratamento adequado, especialmente:

  • Crianças e adolescentes: Que são mais propensos a infecções de garganta.

  • Pessoas com amigdalite recorrente: Que têm episódios frequentes de infecção.

  • Indivíduos com amigdalite crônica: Que não respondem a tratamentos convencionais.

Quando a amigdalectomia é indicada?

Não existe idade mínima para a realização da cirurgia. Porém, o procedimento pode ser recomendado após os 4 anos de idade, já que, nessa fase, o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento. Mesmo assim, a indicação da cirurgia depende muito dos sintomas e quadro clínico do paciente. Por vezes, os roncos e a dificuldade de respirar podem adiantar a idade de indicação da cirurgia na criança.

Indicação para as crianças

Na infância, a amigdalectomia pode ser um recurso quando a criança sofre de amigdalites frequentes ou que causam sintomas muito intensos, as quais não melhoram com a utilização de medicamentos, como antibióticos, analgésicos e anti-inflamatórios. 

Vale lembrar que a cirurgia só é uma opção quando a amigdalite é bacteriana e aparece sete vezes no período de 12 meses, cinco vezes ao ano no período de 2 anos ou três vezes ao ano no período de 3 anos. 

Para os pequenos que sofrem com amígdalas grandes e, por isso, não conseguem respirar bem pelo nariz, roncam e têm apneia do sono (isto é, param de respirar momentaneamente durante a noite), o procedimento também pode ser recomendado. Nesses casos, é comum que a remoção das amídalas seja apenas parcial.

Indicação para os adultos

Entre os adultos, as amigdalites de repetição também podem resultar na indicação da cirurgia. Se a infecção se espalha para os tecidos periamigdalianos, ela causa uma condição grave chamada de “abscesso periamigdaliano”. Para evitar a recidiva, o procedimento também pode ser considerado.

Outra possibilidade é quando a pessoa apresenta a amigdalite caseosa. Essa condição não tem a ver com infecções, mas com o acúmulo de detritos esbranquiçados na superfície das amígdalas, causando mau hálito, incômodo e o surgimento de secreções que podem ser confundidas com pus. Por não ser uma doença, a indicação da cirurgia é baseada no desconforto do paciente.

Alterações nos tamanhos dessas estruturas podem ainda indicar doença linfoproliferativa ou linfoma, o que, se confirmado por uma biópsia, deverá levar à remoção preventiva.

Cuidados pré-operatórios

Antes de ir para a sala de cirurgia, o paciente, independentemente da idade, deve realizar alguns exames pedidos pelo otorrinolaringologista. Os principais deles são os exames de sangue, que contêm hemograma completo e coagulograma.

 

Como é feita a cirurgia?

A amigdalectomia é feita em ambiente operatório sob anestesia geral e dura em torno de 30 minutos a 1 hora. A técnica mais utilizada é a dissecção fria, por apresentar melhores resultados e menos riscos de complicações.

Uma vez que o paciente esteja anestesiado, o otorrinolaringologista faz um pequeno corte na borda da amígdala para descolá-la e retirá-la. O procedimento é feito pela boca, sem a necessidade de deixar cicatrizes no pescoço ou deslocar a mandíbula durante a operação.

Depois, o profissional usa eletrocautério e pontos para controlar os sangramentos. Os pontos caem naturalmente em torno de uma semana.

O paciente geralmente é liberado de 8 a 12 horas após a cirurgia, mas pode precisar permanecer mais 1 ou 2 dias em caso de qualquer problema, como uma hemorragia.

 

Quais são os riscos da amigdalectomia?

As complicações, assim como todo procedimento cirúrgico, existem. No entanto, elas são raras e afetam de  2% a 6% dos pacientes.

  • Hemorragia pós-operatória: A mais frequente delas é a hemorragia pós-operatória, que pode acontecer logo depois da cirurgia ou depois de 1 semana. Quando o sangramento é pequeno, colocar gelo na cavidade oral ajuda. Se for mais intenso, é preciso buscar ajuda médica. Com auxílio hospitalar, é um problema fácil de resolver.

  • Disfagia: Outro risco da amigdalectomia é a dificuldade em comer pela boca. Essa condição não costuma ser total nem permanente. É apenas uma questão de se acostumar e manter a hidratação.

  • Alteração na fala: Nas crianças, há a possibilidade da cirurgia interferir na ressonância da fala, deixando a voz mais anasalada por conta do excesso de espaço que agora existe na passagem do ar. Mas também não é motivo para preocupação, pois isso costuma se resolver naturalmente em até alguns meses depois da cirurgia.

  • Aumento do apetite: Por não haver mais o empecilho das amígdalas para a alimentação, os pacientes (em especial, as crianças) podem começar a comer mais. Nesses casos, é preciso apenas ficar atento com o ganho não saudável de peso.

  • Otalgia reflexa: Dores de ouvido são frequentes, mas não significam nenhum problema na região. Depois de um tempo, elas cessam espontaneamente.
     

Cuidados pós-operatórios

O tempo de recuperação para uma amigdalectomia varia de 10 a 12 dias entre as crianças e de 16 a 20 dias entre os adultos. Não é necessário ficar em repouso total, mas é melhor não fazer grandes esforços físicos nas primeiras duas semanas.
 

Alguns dos cuidados nessa fase são:
 

  • Adotar uma dieta fria e mole nas primeiras duas semanas;

  • Preferir sorvetes, sucos gelados, iogurtes, gelatinas e outros alimentos fáceis de engolir;

  • Evitar alimentos quentes, ácidos ou picantes, bem como álcool, refrigerantes e cigarro;

  • Hidratar-se bem;

  • Ter paciência, pois a região estará em processo de cicatrização e pode ser difícil engolir;

  • Em caso de dor de garganta ou ouvido, buscar a prescrição médica de um analgésico;

  • Seguir as orientações médicas quanto à retomada de alimentos sólidos na dieta;

  • Tomar cuidado na hora de escovar os dentes, sem utilizar muita força no gargarejo ou bochecho nos primeiros dias;

  • Ter em mente que a recuperação é individual para cada paciente e manter o acompanhamento médico em dia.

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